Qual formato de arquivo devo usar RAW, Jpeg ou Tiff?

Com este “post” eu gostaria de dar uma visão geral do que são os arquivos gerados por nossas câmeras. Quando utiliza-los e qual a principal diferença entre eles, e principalmente, poder ajuda-lo, seja você profissional ou amador, a escolher qual é o melhor arquivo e qual irá se encaixar as necessidades do seu trabalho e dos seus parceiros.

 Vou começar pelos arquivos chamados “RAW”, e deixar que os outros formatos se misturem em comparações durante o decorrer do texto.
RAW – palavra em inglês que significa “Cru”.

Jpeg – Joint Photographic Experts Group

Tiff – Tagged Image File Format

Diferentes das siglas Jpeg ou Tiff, o Raw é o nome dado e referente aos processos utilizados na geração deste arquivo.

Arquivos em RAW, são tecnicamente falando, a saída original de cada pixel vermelho, azul e verde existentes em um sensor, depois de serem lidos pela matriz e passarem por um conversor “analógico -digital”.

Toda foto realizada, tem seu início em estado RAW.

Vale observar que a fotografia digital, na captura da imagem continua sendo um processo completamente analógico e mecânico, da mesma forma como acontece em câmeras mais modernas analógicas, são os mesmos conceitos físicos e mecânicos. 

Entretanto, a fixação da imagem ocorre em diversos receptores eletrônicos ao invés de uma película de filme. Esta recepção de luz por estes sensores ainda ocorre de forma física e eletrônico, e é somente na transformação por um “conversor” que a foto se torna “DIGITAL”.

Após capturado os sinais de luz pelo sensor, estes sinais serão amplificados, e esta amplificação ocorre conforme o ISO estipulado pelo fotógrafo.

Quanto menor o número de ISO, por exemplo ISO 100, menos a informação será amplificada, no caso da escolha por um ISO de por exemplo, 3200, irá ocorrer uma maior amplificação da informação recebida.

Após este ponto, duas coisas podem ser realizadas com o arquivo inicialmente formado e em estado RAW. Ele pode ser armazenado em um cartão de memória da forma como se encontra ou ele poderá ser processado para se tornar um arquivo com parâmetros diferentes como o Tiff ou Jpeg por exemplo.

O diagrama abaixo mostra o processo envolvido.

Se analisarmos o diagrama, notaremos que toda foto realizada por uma câmera digital, foi em um determinado momento um arquivo RAW, mesmo que a opção do fotógrafo tenha sido “fotografar em Jpeg”.

Na opção de “fotografar em Jpeg”, todo o processo ocorre da mesma forma como ocorreram para a captura em RAW, no entanto após aplicado a amplificação do sinal (determinado pelo ISO), uma outra etapa começará. O arquivo passará por uma interpolação  e os parâmetros da câmera serão aplicados, parâmetros como o balanço de branco, contraste, saturação e etc. 

Após esta aplicação de parâmetros, o arquivo será comprimido em JPEG e depois armazenado.

E a conversão do arquivo RAW para Jpeg ou Tiff utilizando um computador?

Um arquivo RAW pode ser sempre convertido para Jpeg ou Tiff posteriormente através de um computador.

De uma olhada no gráfico abaixo.

Você pode observar que ele é muito parecido com o que já havíamos visto antes, com exceção de que agora estamos definido este arquivo no computador ao invés de defini-lo na câmera. 

Esta é na verdade a primeira vantagem do arquivo RAW sobre os outros formatos. A definição de diversos parâmetros sobre um arquivo e realizado posteriormente pelo computador.

Isto é muito importante, uma vez que somente com o arquivo RAW se é possível definir parâmetros como saturação, contraste, nitidez e etc, posteriormente. Todos os outros arquivos não aceitam estas alterações!

Mesmo você acreditando que pode alterar por exemplo, a saturação das suas fotos em Jpeg através do photoshop, é importante entender que você não alterou aquele arquivo, você na verdade gerou um novo arquivo sobre o antigo, é mais ou menos como se você pegasse uma foto existente, pegasse um pincel, e pintasse sobre aquela imagem.

No arquivo RAW, toda vez que você o manipula, você cria um arquivo de texto dando características ao arquivo original. Dizendo que o vermelho da foto não é mais naquele tom por exemplo e quando salvar este arquivo, não será criado um novo “RAW”. O arquivo continuará o mesmo, porém agora, o RAW vem acompanhado de um arquivo de texto dizendo aonde ele foi alterado.

A primeira vantagem de fotografarmos em Raw é que você poderá mudar diversos parâmetros depois da exposição, você NÃO poderá mudar a exposição obviamente, e nem o ISO, porem você poderá mudar diversos outros parâmetros.

Arquivos Tiff em 8 bit ou 16 bit.

Os arquivos Tiff quando comparados ao Jpeg são bem maiores, logo presumimos que existe uma maior quantidade de informações armazenada. Esta presunção se confirma, os arquivos tiff retém a qualidade total da imagem fotografada. 

O arquivo tiff pode ser comprimido ou não. Apesar da possibilidade de termos um arquivo comprimido no formato Tiff vale a pena lembrar que este arquivo mesmo comprimido não perde informação, pois ele passa por um processo de compressão não destrutiva. 

- “Como podemos comprimir um arquivo sem destrui-lo?”

Aqui segue um exemplo:

14745296533333659762888888356789

Este é um conjunto de dígitos não comprimidos, note que existe uma repetição de números “3” e “8” neste caso. Agora reparem os dígitos abaixo…

1474529653[5]6597628[6]356789

Percebem como os dígitos “33333” foram substituídos por 3[5], a mesma coisa acontece com 8[6], o que foi feito aqui é uma representação numérica, fica representado a repetição de 6 vezes o digito 8 ou então 5 vezes o digito 3. Desta forma você esta guardando a mesma informação, porem de uma forma mais comprimida. Uma forma similar porem, não idêntica. 

- Tiff 8 bit ou 16 bit?”

De uma forma geral, as boas câmeras digitais criam arquivos RAW em 12 bit ou maiores, no caso de um arquivo em 12 bit, isso significa, que podem existir 4096 diferenças na intensidade de luz captada e aplicada a  cada pixel. Se pensarmos em um arquivo 8 bit (um jpeg por exemplo) então teríamos 256 diferentes intensidades por pixel. Veja bem 256 níveis de intensidade por pixel é mais do que suficiente e todas as impressões hoje são feitas em 8 bit.

A grande diferença é que utilizando 12 bit, você poder realizar uma grande quantidade de manipulação sem degradar a qualidade. Ajustar curvas e níveis de forma bem significante e então somente no momento da impressão, converter o arquivo para 8 bit. 

Novamente surge uma curiosidade referente aos arquivos, se a minha câmera produz 12 bit, como é possível eu transforma-lo em um Tiff 16 bit?

Não é possível você “transformar” um RAW 12 bit em um Tiff 16 bit.

O que realmente acontece é que toda vez que você salva um arquivo RAW em Tiff 16 bit, você esta colocando um arquivo de 12 bit dentro de um compartimento que cabem 16 bit.

Vou explicar melhor…

Imagine que você coloque 1 litro de água dentro de uma garrafa de 2L, você ainda terá  espaço livre dentro da garrafa. Um litro não enche uma garrafa de dois litros. 

Quando transformamos de RAW para Jpeg, o processo é o inverso… como se tentasse colocar 1 litro de água dentro de uma garrafa de 500ml, não é possível, você teria que jogar fora informação.

Então…quando fotografar em RAW e quando fotografar em jpeg?

Conheço fotógrafos que só utilizam Jpeg e eles tem milhares de argumentos para tal.

Apesar de todos os arquivos terem suas vantagens e desvantagens, todo o meu trabalho e todas as minhas fotos são sempre realizadas em formato “RAW”, já fazem alguns anos desde que abandonei por completo o Jpeg, isto por que eu sinto que a  tecnologia vem ao longo dos anos, me dando ferramentas suficientes para trabalhar com este tipo de arquivo com agilidade e flexibilidade, muito diferente dos tempos primórdios de sua existência, tornando assim o RAW uma ótima fonte com infinitas possibilidades para o meu trabalho.

O arquivo RAW é o “menor” arquivo que você pode ter em um “Backup”!!!!!!!!!

Mas isto ficará para o próximo post…. 

Sobre o Autor:

8 Comentários:

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